segunda-feira, 14 de junho de 2021

Joe Biden faz comunicado forte sobre a china .

 Biden obtém do G7 comunicado mais duro sobre a China

Biden obtém do G7 comunicado mais duro sobre a China


No comunicado do grupo de potências industrializadas, o país asiático é citado diretamente cinco vezes (incluindo uma menção a Taiwan)

presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, obteve de sua primeira participação no G7 o mais duro comunicado em relação à China desde o início do governo do presidente Xi Jinping, em 2012. No comunicado do grupo de potências industrializadas, o país asiático é citado diretamente cinco vezes (incluindo uma menção a Taiwan).

 

Os itens criticam falta de transparência na investigação sobre a origem do Sars-Cov-2, intervenção estatal e práticas comerciais distorcivas e desrespeito aos direitos humanos e liberdades fundamentais, especialmente em Hong Kong e Xingiang, onde vivem os uigures, minoria muçulmana.


Em pelo menos outros 8 de 70 itens do documento, que ocupa 25 páginas, a alusão à China nas entrelinhas é indisfarçável. É o caso de referências a trabalho forçado, precarização do trabalho, transferência forçada de tecnologia, furto de propriedade intelectual e uso desleal de subsídios estatais, que, embora não mencionem explicitamente a potência asiática, abordam problemas constantemente atribuídos pelos líderes ocidentais ao sistema econômico chinês.


No item em que citam "trabalho forçado patrocinado pelo estado de grupos vulneráveis e minorias, incluindo nos setores agrícola, solar e de vestuário", os líderes do G7 parecer ter parado a duas palavras de incluir "em Xinjiang", onde os três setores estão presentes.


Para além das menções diretas ou indiretas no comunicado final, a China foi quase onipresente nos debates entre EUA, Reino Unido, Japão, Alemanha, França, Itália, Canadá e União Europeia, não só quando eles concordavam –na condenação de atentados a direitos humanos– como também nas posições divergentes. Nessas, pesa principalmente a relutância europeia em afrontar um país com o qual o continente tem negócios em curso e em vista.


Nas últimas duas décadas, o Reino Unido recebeu 50 bilhões de euros (R$ 310 bi) de investimentos chineses, a Alemanha, quase 23 bilhões de euros (mais de R$ 141 bi), a Itália, cerca de 16 bilhões (R$ 98 bi), e a França, 14,4 bilhões de euros (R$ 89 bi).


Com Joe Biden nas mesas em vez do ex-presidente Donald Trump, o encontro também refletiu uma mudança na estratégia para fazer frente ao crescente poder da China: saem as guerras tarifárias e entram doações e empréstimos. Se o país asiático avança com exportação de vacinas, as democracias contra-atacam com doações de imunizantes "sem contrapartidas".


Se a China atrai dezenas de países para sua esfera de influência com as rodovias, ferrovias e cabos da Nova Rota da Seda (BRI, na sigla em inglês), os líderes do G7 acenam com bilhões de dólares para projetos de infraestrutura, mas "financeiramente sustentáveis, transparentes e ambientalmente responsáveis".


A investida ocidental ainda está longe de desembolsar recursos e nem mesmo definiu seus valores, mas já tem nome e sigla: Reconstruir Melhor para o Mundo, ou B2W.


Biden repetiu o conceito geral em seus pronunciamentos no início e no final do fórum na Inglaterra: contra um concorrente com o poder de fogo da China, a batalha dos países democráticos só será vencida se eles convencerem o mundo de que são uma alternativa melhor.


"Estamos em uma competição não com a China em si, mas com autocratas em todo o mundo", disse ele neste domingo (13).


Questionado sobre se esperava que o comunicado do G7 fosse mais explícito nas críticas à China, ele respondeu: "Há várias menções à China. Estou satisfeito", depois de ressaltar que não estava "procurando conflito" com a potência rival.


O governo chinês já havia expressado uma visão diferente, afirmando que "o multilateralismo precisa ser genuíno e não baseado nos interesses de um pequeno círculo de países". A declaração se referia aos pedidos de mais acesso aos laboratórios e dados de Wuhan, onde o coronavírus foi detectado inicialmente. Ou seja, antes que fossem citados pontos mais sensíveis politicamente, como Hong Kong e Taiwan.


Se o texto final mostra relativo sucesso de Biden em sua pressão por uma posição mais contundente, líderes europeus foram mais contidos que o presidente americano em suas declarações.


O primeiro-ministro Boris Johnson, por exemplo, não mencionou a China em seu pronunciamento final, nem citou o B2W. O presidente da França, Emmanuel Macron, que antes do fórum defendera a "independência da Europa em relação à estratégia para a China", no final rassaltou que "o G7 não é hostil" ao país asiático.


A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, endossou o discurso de Biden de que o projeto de infraestrutura visa "convencer os parceiros de que o investimento vem sem amarras, em comparação com a China", mas a UE continua defendendo parcerias com o país asiático em temas como a mudança climática.


O bloco europeu também aprovou recentemente um acordo de investimento com a China, suspenso após conflitos diplomáticos. Neste domingo, a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, disse que o tratado só deve ser ratificado se Pequim avançar no respeito a direitos trabalhistas.


Nos compromissos finais, o G7 também concordou com novas leis tributárias internacionais para conter a procura de multinacionais por paraísos fiscais, projetos comuns em áreas como semicondutores, baterias e produtos farmacêuticos, bloqueio de investimentos no uso de carvão como energia e programas de auxílio para que países em desenvolvimento reduzam suas emissões de gás carbônico.


A promessa de doar 1 bilhão de doses de vacina anti-Covid até o final de 2022, que já vinha sendo criticada por entidades como insuficiente, acabou não se realizando totalmente. O documento fala em 870 milhões de doses e, segundo Boris, chegam a 1 bilhão se computados repasses ao consórcio Covax.

Noticias: https://www.noticiasaominuto.com.br/mundo/1813333/2-biden-obtem-do-g7-comunicado-mais-duro-sobre-a-china


terça-feira, 8 de junho de 2021

Estados unidos aprova remédio contra Alzheimer.

 Biomarcador para detecção de Alzheimer criado por cientistas da Universidade de São CarlosAgência dos EUA aprova remédio contra Alzheimer 

Agências reguladoras de medicamentos dos Estados Unidos (EUA) aprovaram nessa segunda-feira (7) o aducanumab, da Biogen Inc, como primeiro tratamento a combater uma causa provável da doença de Alzheimer, apesar de uma polêmica que questiona se os indícios clínicos provam que o remédio funciona.

O aducanumab visa a remover depósitos aderentes de uma proteína chamada beta-amiloide de cérebros de pacientes nos estágios iniciais do Alzheimer para conter seus estragos, que incluem perda de memória e a incapacidade de cuidar de si mesmo.

"Essa é uma boa notícia para pacientes com Alzheimer. Nunca tivemos a aprovação de uma terapia transformadora de uma doença", disse o doutor Ronald Petersen, especialista em Alzheimer da Clínica Mayo. Mas, ele alertou: "Isso não é uma cura. Espera-se que desacelere o avanço da doença." E acrescentou: "Acho que é um grande dia. Mas não podemos fazer muitas promessas."

O Alzheimer é a sexta maior causa de mortes nos EUA.

A Agências de Alimentos e Medicamentos (FDA) disse, em seu site, que testes clínicos do tratamento, que será vendido com a marca Aduhelm, mostraram uma redução das placas, que se espera levar a um declínio mais lento dos pacientes.

"Embora os dados do Aduhelm sejam complicados no que diz respeito aos benefícios clínicos, a FDA determinou que existem indícios substanciais de que o Aduhelm reduz as placas de beta-amiloide no cérebro e que é razoavelmente provável que a redução dessas placas leve benefícios importantes aos pacientes", disse a agência em comunicado.

 Noticias:https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2021-06/agencia-dos-eua-aprova-remedio-contra-alzheimer

segunda-feira, 7 de junho de 2021

presidente dos estados unidos apoia gigantesco no Alasca para extração de petróleo .

 

Biden apoia projeto gigantesco de extração de petróleo no Alasca, atacando indígenas

O imperialista Joe Biden apoiou o “projeto Willow”, definido para produzir mais de 100 mil barris de petróleo por dia durante 30 anos no norte do Alasca. O projeto aprovado por Trump e endossado pelo democrata é mais uma mostra do que é o ecocapitalismo burguês: lucros recordes para a gigante do petróleo ConocoPhillips, destruição do meio-ambiente e ataque às comunidades aborígenes.

De acordo com artigo do New York Times, o sionista Joe Biden apoiou o “projeto Willow”, definido para produzir mais de 100.000 barris de petróleo por dia durante 30 anos na região norte do Alasca. Sua demagogia ecocapitalista é tão baixa quanto seu apoio ao Estado racista de Israel. O projeto será realizado na Reserva Nacional de Petróleo, tendo sido sancionada pelo governo Trump. Os republicanos e os democratas, mais uma vez e sem surpresas, demonstram como são duas faces racistas e imperialistas da mesma moeda.

Uma expansão nos campos de extração de petróleo poderia causar grandes impactos negativos nas migrações de caribus; nas correntes marítimas, causando mortes de muitíssimas espécies marinhas; coloca em maior risco os ursos polares já ameaçados de extinção; piora significativamente a qualidade já ruim do ar; além de prejudicar diretamente a qualidade de vida das comunidades aborígenes, mas também dos operários brancos.

Por trás disso está a multibilionária ConocoPhillips, a mesma que registrou lucro líquido recorde de US$ 982 milhões no primeiro trimestre deste ano. Tanto dinheiro poderia facilmente produzir leitos de UTI para milhões de pessoas em países como a Índia e Brasil. Evidentemente, os lucros da burguesia aumentam, mas os salários dos trabalhadores petroleiros tendem a cair. Em sua boa parte brancos, mas também e principalmente os aborígenes que ocupam os postos mais precários de trabalho - os salários dos trabalhadores petroleiros e da região de conjunto tendem a descrescer com os efeitos da crise. Mesmo com o “pacote de investimentos keynesianos” de Biden, está claro para centenas de famílias aborígenes que se o nível do mar continuar a subir, o ar continuar irrespirável, suas fontes de alimentação se esgotarem - então o salário tenderá a baixar, já que os níveis de vida da população são cada vez mais precários. Assim, pode-se abaixar os salários do conjunto dos trabalhadores brancos também, nivelando-o por baixo.

É o que ocorre na região da vila de Nuiqsut, localizada em meio a uma grande quantidade de petróleo. Enquanto a empresas como ConocoPhillips e Hilcorp lucram aos montes, o que resta para os povos originários, em sua maioria esquimós Inupiat, é o desenvolvimento predatório das plantas de extração de petróleo e o avanço das mudanças climáticas - gerando impactos negativos, principalmente, em suas atividades tradicionais de caça e pesca. A relação com a comunidade de Nuiqsut é tal que a empresa petrolífera que utiliza a terra, considerada propriedade dos residentes nativos, paga dividendos aos residentes em troca da utilização da terra - o que muitas vezes é sua única fonte de renda.

Para se ter uma ideia, nos últimos 60 anos, o clima do Alasca aqueceu duas vezes mais rápido que o resto de todo os Estados Unidos. Os ecossistemas árticos estão em desordem, o permafrost está desaparecendo e o nível do mar está subindo. Enquanto isso, Biden faz questão de colocar toda sua força para que a classe operária e os mais pobres paguem pela crise climática.

 

Mas essa situação não é de hoje. Obama estava longe de ser o grande defensor do clima, como costuma ser retratado. O próprio Obama se gabou de construir novos oleodutos e gasodutos suficientes para "circundar a Terra e mais um pouco". Não foram os republicanos, mas Obama que concedeu à ConocoPhillips o direito de perfurar em terras anteriormente protegidas no Alasca, sob forte oposição de comunidades nativas e ativistas ambientais de base. O Greenpeace observa que o Bureau of Land Management arrendou terras que representam mais de 2,2 bilhões de toneladas de carvão para empresas privadas durante os dois mandatos de Obama. Uma parte significativa desse carvão foi destinada à exportação. Portanto, embora Obama pudesse reivindicar reduções nas emissões domésticas de carvão, os Estados Unidos estavam exportando essas emissões de CO2 geradas pelo carvão para o exterior. Uma quantidade recorde de carvão foi enviada ao exterior em 2012. Esse tipo de ação, aliás, é amplamente endossada por empresas de offshore de créditos de carbono - algo que o Acordo de Paris procurou regulamentar em seu Artigo 6º.

Portanto, não podemos confiar sequer um milímetro no “mal menor” democrata, mas também na diplomacia burguesa das Cúpulas do Clima e nos meandros traiçoeiros do Acordo de Paris. Os anos de 2015 a 2019 foram os anos mais quentes da história recente. O nível do mar atingiu seu maior valor em 2019 desde que começou a ser medido (indicando maior degelo das calotas polares). Em 2018 a emissão de gases do efeito estufa bateu recorde. Ou seja, tudo indica que o Acordo de Paris não deve ser cumprido, assim como o Protocolo de Kyoto - a diplomacia burguesa se assenta nisso, letra morta e palavras ao vento para desviar a fúria da classe operária internacional para dentro das instituições.

Leia maisA cúpula do clima e a incapacidade do capitalismo de resolver a questão ambiental

É bom dizer que, se por um lado nunca há interesse em cumprir os acordos, os mínimos avanços nas metas são absolutamente irrisórios se comparados com a velocidade absurda de degradação do meio-ambiente. Quem está pagando a crise capitalista e os efeitos da devastação ambiental é a classe operária e o povo pobre. A Cúpula do Clima e o Acordo de Paris demonstram que uma ala do imperialismo está sim preocupada com a catástrofe climática - mas para que suas gigantescas corporações lucrem ainda mais! Nisso, Biden, Macron e Merkel são iguais.

Leia mais:Por que a destruição ambiental é inerente ao capitalismo?

Depositemos nossa confiança, portanto, na classe operária internacional, na solidariedade global ao povo palestino, na greve dos petroleiros da Petrobras Biocombustível no Brasil, na força do Black Lives Matter e no “ressurgimento” do movimento operário estadunidense - esse que já protagonizou greves gerais históricas, como a dos caminhoneiros em Minneapolis em 1934, com os trotskistas à frente. Só a classe trabalhadora, aquela que tudo produz, pode tomar em suas mãos a economia e utilizar-se dos imensos avanços técnicos de nossa época de forma sustentável. Tomemos o exemplo da greve dos petroleiros de Grandpuits na França, uma dura greve que deu exemplos históricos para o proletariado mundial com a auto-organização dos comitês de greve que superaram as burocracias sindicais derrotistas, as coordenações entre refinarias, comissões de mulheres e uma frente única com o movimento ecológico - tudo para lutar pelos empregos dos petroleiros e denunciar o greenwashing da Total. Como disse um dos líderes da greve, Adrian Cornet, membro do partido irmão do MRT, a CCR: “se nós, os trabalhadores, tivéssemos o controle da fábrica, poderíamos poluir menos, porque não nos preocupamos apenas com o lucro, porque nossas famílias moram ao lado, porque tomamos banho nos rios da área, porque nossos filhos brincam nos parques.”

A crise climática não aponta o fim do mundo, mas a crise histórica do capitalismo. Por isso, trata-se de socialismo ou barbárie. A isso se dedica a Fração Trotskista, à batalha da classe operária pela revolução socialista internacional, por uma sociedade comunista sem classes e sem Estado, livre de exploração e opressão, na qual as forças produtivas se integrem internacionalmente - pavimentando uma verdadeira relação harmônica entre o ser humano e a natureza.

Noticias: https://www.esquerdadiario.com.br/Biden-apoia-projeto-gigantesco-de-extracao-de-petroleo-no-Alasca-atacando-indigenas




sexta-feira, 4 de junho de 2021

Taxa de desemprego nos EUA cai no mês de maio

 EUA geram 559 mil postos de trabalho em maio; taxa de desemprego cai a 5,8%

O resultado ficou dentro da faixa de expectativa de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que previam a criação de 500 mil a 900 mil vagas no mês, mas abaixo da mediana de 700 mil

A economia dos Estados Unidos teve geração líquida de 559 mil empregos em maio, segundo dados publicados nesta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado ficou dentro da faixa de expectativa de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que previam a criação de 500 mil a 900 mil vagas no mês, mas abaixo da mediana de 700 mil.

Já a taxa de desemprego dos EUA caiu, de 6,1% em abril para 5,8% em maio. A projeção era de queda da taxa a 5,9% no último mês.

O Departamento do Trabalho também revisou os números de geração de postos em abril, de 266 mil para 278 mil, e em março, de 916 mil para 785 mil.

Em maio, o salário médio por hora aumentou 0,50% ante o mês anterior, ou US$ 0,15, a US$ 30,33. Neste caso, a previsão era de alta menor, de 0,2%.

Já na comparação anual, houve acréscimo salarial de 1,98%, também acima do avanço previsto de 1,8%.

Noticias:https://www.noticiasaominuto.com.br/economia/1810569/eua-geram-559-mil-postos-de-trabalho-em-maio-taxa-de-desemprego-cai-a-5-8

quinta-feira, 3 de junho de 2021

Pela primeira vez em seis meses dólar fecha em 5,10 .

 Dólar fecha abaixo de R$ 5,10 pela primeira vez em seis meses


Dólar fecha abaixo de R$ 5,10 pela primeira vez em seis meses

O dólar comercial encerrou nesta quarta-feira (2) vendido a R$ 5,084

Em um dia de euforia no mercado financeiro, o dólar fechou abaixo de R$ 5,10 pela primeira vez desde meados de dezembro. A bolsa de valores voltou a bater recorde e encerrou próxima dos 130 mil pontos.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (2) vendido a R$ 5,084, com recuo de R$ 0,052 (-1,2%). A cotação abriu em alta, chegando a R$ 5,17 na máxima do dia, por volta das 10h15, mas despencou no restante do dia, até fechar próxima dos níveis mínimos.

A moeda norte-americana está no menor nível desde 18 de dezembro, quando tinha fechado a R$ 5,083. Com o desempenho de hoje, a divisa acumula queda de 2,02% em 2021.

No mercado de ações, o dia também foi marcado por fortes ganhos. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 129.601 pontos, com alta de 1,04%. Em alta pela sexta sessão seguida, o indicador voltou a fechar em níveis recordes.

Dois fatores contribuíram para o desempenho positivo do mercado financeiro. No Brasil, o crescimento de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) no primeiro trimestre fez o indicador voltar aos níveis anteriores ao início da pandemia de covid-19. O índice garante crescimento econômico próximo de 5% em 2021, mesmo se o PIB não crescer nos demais trimestres.

Um PIB mais alto indica que o governo poderá arrecadar mais que o previsto no Orçamento. O desempenho das receitas pode fazer a dívida pública bruta, principal indicador nas comparações internacionais, encerrar o ano com queda em relação ao inicialmente projetado.

O segundo fator vem dos Estados Unidos. O mercado financeiro internacional aguarda a divulgação do índice de desemprego na próxima sexta-feira (4). Caso o indicador venha mais fraco que o esperado, diminui a expectativa de que o Federal Reserve, Banco Central norte-americano, adie o aumento de juros da maior economia do planeta. Taxas baixas em economias avançadas beneficiam países emergentes, como o Brasil.

Noticias:https://www.noticiasaominuto.com.br/economia/1810110/dolar-fecha-abaixo-de-r-5-10-pela-primeira-vez-em-seis-meses

quarta-feira, 2 de junho de 2021

Presidente dos Estados unidos faz visita histórica a palco de massacre.

 Biden faz visita histórica a palco de massacre e anuncia investimentos


Biden faz visita histórica a palco de massacre e anuncia investimentos


Em um dos piores crimes raciais da história americana, mais de 1.000 casas e estabelecimentos comerciais foram destruídos, e estima-se que até 300 pessoas tenham sido mortas

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Cem anos após o massacre de Tulsa, no estado de Oklahoma, o presidente americano, Joe Biden, fez uma visita histórica ao local nesta terça-feira (1º), em mais um esforço para avançar sua agenda de combate à desigualdade racial. 

O democrata foi o primeiro mandatário dos EUA a ir à cidade para lembrar a tragédia em que grupos supremacistas brancos invadiram e bombardearam o distrito de Greenwood, o mais próspero bairro negro do país na época, após um engraxate negro ter sido acusado de assediar uma jovem branca.

Em um dos piores crimes raciais da história americana, mais de 1.000 casas e estabelecimentos comerciais foram destruídos, e estima-se que até 300 pessoas tenham sido mortas.

"Meus companheiros americanos, isso não foi um tumulto, isso foi um massacre", afirmou Biden. O discurso em homenagem às vítimas ocorreu após seu encontro com três sobreviventes, Viola Fletcher, Hughes Van Ellis e Lessie Benningfield Randle, que têm entre 101 e 107 anos, e uma visita ao centro cultural local.

O democrata lembrou a próspera comunidade de Greenwood, que chegou a ser conhecida como Wall Street negra, antes da noite de violência entre 31 de maio e 1º de junho de 1921. O sucesso local foi exemplificado pelo discurso de abertura de Lauren Usher, descendente de vítimas do massacre. Na época, sua família era dona de um hotel que valeria US$ 2 milhões (R$ 10,3 milhões) em valores atuais –até hoje, ninguém foi punido pelos crimes, e as seguradoras se recusaram a cobrir os danos financeiros.

Ressaltando a importância dos pequenos comerciantes, Biden anunciou um aumento nos gastos federais para contratar pequenos negócios classificados pelo governo como desfavorecidos, incluindo aqueles cujos proprietários são negros. Hoje, o montante equivale a 10%, e o objetivo é que ele passe para 15%, o que significaria US$ 100 bilhões (R$ 514,6 bilhões) a mais nos próximos cinco anos, segundo cálculo da Casa Branca à rede de TV CNN.

O presidente anunciou ainda um esforço de sua administração para mitigar a discriminação habitacional, citando especialmente as desigualdades causadas por projetos viários e pela desvalorização de imóveis de propriedade de pessoas negras em comparação com aqueles de pessoas brancas.

A secretária de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Marcia Fudge, vai coordenar a criação de uma força-tarefa para propor soluções para lidar com a discriminação racial habitacional. Na sexta (25), ela anunciou uma iniciativa de US$ 100 milhões (R$ 514,6 milhões) para estimular a propriedade de imóveis por pessoas negras em áreas historicamente fora de alcance para minorias por causa de leis de zoneamento tendenciosas ou por discriminação dos bancos.

Além disso, o Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano irá emitir duas regras da Lei de Moradia Justa que revertem os esforços do governo Trump para enfraquecer as proteções a minorias. Em sua fala, Biden destacou que, hoje, o percentual de propriedade de imóveis por negros é mais baixo do que quando a legislação foi aprovada, em 1968.

O discurso foi marcado também pela necessidade de lembrar e reconhecer o massacre de Tulsa. "Vocês são os três conhecidos sobreviventes de uma história vista no espelho vagamente", disse o democrata aos sobreviventes. "Mas não mais. Agora sua história será conhecida à vista de todos."

Pela importância da data e o contexto atual americano –em especial após casos como a morte de George Floyd colocarem a violência policial contra pessoas negras em evidência–, a visita de Biden esteve rodeada por expectativas.

Alguns pontos considerados importantes por ativistas, no entanto, ficaram de fora. Um deles, cuja ausência foi fortemente criticada pela Associação para o Avanço de Pessoas de Cor (NAACP, na sigla em inglês) e outros grupos de direitos civis, foi não ter havido anúncio de um plano para cancelar a dívida estudantil, que afeta desproporcionalmente estudantes negros.

Enquanto pessoas brancas respondem por 54% das dívidas estudantis, segundo dados do Centro Nacional de Estatísticas Educacionais, estudantes negros devem, em média, US$ 25 mil (R$ 128,6 mil) mais. Quatro anos após formados, 48% dos estudantes negros devem cerca de 12,5% mais do que tomaram emprestado e 29% precisam pagar US$ 350 (R$ 1.801) ou mais mensais para suprir essa dívida.

"As dívidas estudantis continuam a suprimir a prosperidade econômica de americanos negros em toda a nação", disse Derrick Johnson, presidente da NAACP, em um comunicado. "Não é possível começar a abordar a lacuna racial de riqueza sem abordar a crise da dívida de empréstimos estudantis."

Também não foram anunciadas medidas específicas para Greenwood, nem reparações para os descendentes do massacre, enquanto os efeitos da destruição continuam a ser sentidos na cidade, parte de Oklahoma, estado escravagista do sul e reduto da Ku Klux Klan. As desigualdades entre o norte de Tulsa, predominantemente negro, e o sul, principalmente branco, são gritantes.

"Quando os turistas visitam Tulsa, não conseguem acreditar quanta segregação ainda existe ou o racismo que se manifesta", afirmou Michelle Brown, diretora de programas educacionais do centro cultural local, à agência de notícias AFP.

"Não mudou, ainda estamos segregados", disse Billie Parker, 50, uma mulher negra que cresceu em Tulsa. Ela diz que a comunidade continua em desvantagem em relação aos cidadãos brancos da cidade. A reparação, segundo ela, poderia ajudar Greenwood a melhorar suas escolas.

Muitos afirmam que é hora de o Estado ajudar o bairro a recuperar sua prosperidade, perdida nas chamas de 1921. Para Kristi Williams, ativista e descendente de vítimas, hoje o país tem a oportunidade de corrigir o erro de cem anos atrás, quando "eles paralisaram nossas casas, nosso desenvolvimento econômico, nossas terras foram tiradas de nós".

A secretária assistente de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse a jornalistas nesta terça que Biden "apoia um estudo das reparações, mas acredita que, antes de mais nada, a tarefa que temos pela frente é erradicar o racismo sistêmico".

O desejo por reparação já havia sido expressado por alguns dos últimos sobreviventes que viajaram a Washington em 19 de abril para testemunhar no Congresso americano. No Capitólio, eles pediram que o país reconhecesse o seu sofrimento.

"Tenho 107 anos e nunca vi justiça. Eu espero que um dia eu veja", disse Viola Fletcher aos congressistas. Para LaShaundra Haughton, 51, bisneta de sobreviventes do massacre, "é hora de curar, é hora de dizer a verdade, é hora de trazer tudo à luz".

Durante sua fala, Biden lembrou ainda que o racismo segue como grande ameaça para os EUA, destacando que a inteligência americana, tanto na sua gestão como na de Donald Trump, classifica os supremacistas brancos como a maior ameaça doméstica no país.

O democrata aproveitou também para reforçar a importância de um projeto de lei em tramitação no Congresso que trata do direito ao voto. Ele instou congressistas a aprovarem o texto, que ganha mais importância em meio a um movimento republicano para emplacar legislações que dificultam o acesso ao voto, em especial de pessoas negras e latinos.

Os esforços para avançar leis relacionadas ao direito ao voto serão liderados pela vice-presidente, Kamala Harris. Em comunicado divulgado após o discurso de Biden, a vice-presidente afirmou que, desde a última eleição, que registrou participação recorde, mais de 380 projetos de lei para dificultar o acesso ao voto foram apresentados em todo o país. "Esses projetos buscam restringir as opções que tornam a votação mais conveniente e acessível, incluindo votação antecipada e pelo correio", disse.

Apesar das críticas, a visita de Biden se destaca em dois pontos. Primeiro, ao dar visibilidade para um episódio pouco lembrado, mesmo nos livros de história.

Em segundo lugar, por seu contraste do aniversário de 99 anos, quando Trump ainda era presidente dos EUA. Crítico das manifestações antirracistas, o republicano atacou o Black Lives Matters e outros movimentos de justiça racial por planejarem um comício político em Tulsa em 19 de junho, chamado de "Juneteenth" em inglês, que celebra o fim da escravidão nos EUA em 1865 –o evento acabou adiado.

 Noticias:https://www.noticiasaominuto.com.br/mundo/1809783/biden-faz-visita-historica-a-palco-de-massacre-e-anuncia-investimentos-para-comerciantes-negros

segunda-feira, 31 de maio de 2021

novo orçamento de Binden mantem dedução de impostos !

 EUA: orçamento de Biden mantém dedução de impostos a empresas de capital fechado

EUA: orçamento de Biden mantém dedução de impostos a empresas de capital fechado


Embora Biden tenha feito campanha para limitar o benefício, a dedução permaneceu intocada nos primeiros US$ 2,4 trilhões em aumentos de impostos líquidos detalhados pelo governo Biden na sexta-feira


proposta orçamentária do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apresentada nesta sexta-feira, 28, mantém uma dedução de 20% no pagamento de impostos por empresas de capital fechado, cláusula adotada em 2017 durante o governo do republicano Donald Trump.

Embora Biden tenha feito campanha para limitar o benefício, a dedução permaneceu intocada nos primeiros US$ 2,4 trilhões em aumentos de impostos líquidos detalhados pelo governo Biden na sexta-feira.

Funcionários do governo não disseram por que não propuseram conter o instrumento neste momento e a Casa Branca não comentou o assunto. Funcionários do Departamento do Tesouro americano disseram que algumas propostas de campanha precisam de mais trabalho e outras podem aparecer em planos futuros.

A dedução "apenas parece não ter qualidades redentoras e, francamente, fiquei um pouco surpreso que o governo Biden não propôs reduzi-la", disse o membro sênior da Brookings Institution William Gale.

Vice-presidente de relações governamentais da Federação Nacional de Negócios Independentes, Kevin Kuhlman disse que estava se preparando para a remoção da dedução. "Há uma sensibilidade provocada pelos aumentos de impostos diretos sobre pequenas empresas, e acho que essa é uma das razões pelas quais a dedução pode não ter sido incluída", disse ele.

O senador democrata Ron Wyden, Presidente do Comitê de Finanças do Senado, está trabalhando em uma série de mudanças para a ferramenta, que poderiam direcionar os benefícios a famílias de classe média, proprietárias de empresas do setor de serviços, em detrimento da parcela de renda mais alta dos americanos. "Estou procurando maneiras de renovar a dedução para garantir que não seja apenas uma oferta para o topo", disse Wyden. Fonte: Dow Jones Newswires.

Noticias:https://www.noticiasaominuto.com.br/economia/1808784/eua-orcamento-de-biden-mantem-deducao-de-impostos-a-empresas-de-capital-fechado