quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Hidrelétricas construídas na Amazônia nao são sustentáveis. Destroem o meio ambiente.

 AMAZONIA: UM BRASIL DESAFIADOR.







A construção de grande quantidade e hidrelétricas na região amazônica é um atentado mortal contra o meio ambiente. A energia elétrica gerada através dos desvios e represamento de rios e lagos é uma atitude mortal contra a natureza e jamais pode ser dita, sustentável. Alterando profundamente o meio ambiente tanto humano quanto natural, intervem de forma desastrosa em ambientes estáveis, desestruturando-os. Energia sustentável é a energia solar!








UHE Santo Antônio do Jari
Local: entre Amapá e Pará, no rio Jari
Potência: 373,4 MW
Previsão de funcionamento: outubro de 2014

UHE Marabá
Local: Tocantins, Maranhão e Pará, no rio Tocantins, entre os municípios Bom Jesus do Tocantins (PA), Brejo Grande do Araguaia (PA), Marabá (PA), Palestina do Pará (PA), São João do Araguaia (PA), Ananás (TO), Araguatins (TO), Esperantina (TO), São Sebastião do Tocantins (TO) e São Pedro da Água Branca (MA).
Potência: 2.160 MW
Previsão de funcionamento: fevereiro de 2022


UHE Água Limpa
Local: Mato Grosso, no rio Das Mortes, entre os municípios General Carneiro e Novo São Joaquim.
Potência: 380 MW
Previsão de funcionamento: janeiro de 2020

UHE Tabajara
Local: Rondônia, no rio Ji-paraná, no município Machadinho
Potência: 380 MW
Previsão de funcionamento: novembro de 2020

UHE Castanheira
Local: Mato Grosso, no rio Arinos, no município Juara
Potência: 192 MW
Previsão de funcionamento: abril de 2021

UHE Salto Augusto Baixo
Local: Entre Mato Grosso e Amazonas, no rio Juruena, entre os municípios Apiacás (MT), Cotriguaçu (MT), Nova Bandeirantes (MT) e Apuí (AM)
Potência: 1.461 MW
Previsão de funcionamento: janeiro de 2022

UHE São Simão Alto
Local: entre Mato Grosso e Amazonas, no rio Juruena, entre os municípios Apiacás (MT), Apuí (AM) e Cotriguaçu (MT)
Potência: 3.509 MW
Previsão de funcionamento: janeiro de 2022

UHE Torixoréu
Local: entre Mato Grosso e Goiás, no rio Araguaia, entre os municípios Baliza (GO), Mineiros (GO), Riberãozinho (MT), Doverlândia (GO), Ponte Branca (MT) e Torixoréu (MT)
Potência: 408 MW
Previsão de funcionamento: fevereiro de 2022

UHE Ferreira Gomes
Local: Amapá, no rio Araguari, no município Ferreira Gomes
Potência: 252 MW
Previsão de funcionamento: 2015

UHE Cachoeira Caldeirão
Local: Amapá, no rio Araguari, no município Ferreira Gomes e Porto Grande
Potência: 219 MW
Previsão de funcionamento: janeiro de 2017

UHE Castelhano
Local: entre Maranhão e Piauí, no rio Parnaíba, entre os municípios Parnarama (MA), São Francisco do Maranhão (MA), Amarante (PI) e Palmeirais (PI)
Potência: 64 MW
Previsão de funcionamento: 2015

UHE Colíder
Local: Mato Grosso, no rio Teles Pires, no município Nova Canaã do Norte
Potência: 300 MW
Previsão de funcionamento: dezembro de 2015

UHE Sinop
Local: Mato Grosso, no rio Teles Pires, entre os municípios Cláudia, Ipiranga do Norte, Itaúba, Sinop e Sorriso
Potência: 400 MW
Previsão de funcionamento: janeiro de 2018

UHE Toricoejo
Local: Mato Grosso, no rio das Mortes, entre os municípios Novo São Joaquim, General Carneiro e Barra do Garças
Potência: 76 MW
Previsão de funcionamento: 2016

UHE Bem Querer
Local: Roraima, no rio Branco, nas proximidades do município Caracaraí
Potência: 708 MW
Previsão de funcionamento: janeiro de 2016

Próximo daqui, está-se construindo o maior entroncamento de energia elétrica do pais, aqui, nos arredores de Parauapebas.

Com tanta energia potencial disponível e tantas transformações ambientais ocorrendo, o estado do Pará e toda a região amazônica esta aos poucos se transformando num celeiro de energia dita sustentável. O rastro de ameaças e destruição ao meio ambiente deixa a marca da hecatombe atômica. Vidas e mais vidas e costumes milenares são desperdiçados para dar lugar a estas potentes usinas. Nem consideramos as possibilidades das energias ainda alternativas nesta pátria, como a solar, a eólica, o hidrogênio ainda nem se fala e tantas outras formas de produção e geração. Estamos atavicamente presos as hidrelétricas. Não enxergamos alternativas. Mas a evolução humana e social não acompanha o sucesso dessas transformações tão poderosas.


Parauapebas é uma cidade media pré-amazônica. Surge por volta de 1983. Logo se transforma num centro comercial dinâmico e populoso. Em apenas 24 anos de historia, sua população atinge o ápice em 2012, com estimados 183 mil pessoas. A cidade explode neste ano, com a bolha imobiliária trazida por empreendedores locais e de Goias. A área urbana ve seu crescimento exponenciar-se, sendo ampliado em sete vezes. Avenidas, bairros inteiros, centros comerciais surgem do nada e se consolidam em dois, três anos. Transforma-se numa nova cidade, irreconhecível para quem ficou este tempo fora. É uma explosão, um inchaço espetacular e oneroso para seu futuro.

No bojo desse crescimento exagerado, mais da metade das famílias estão endividadas, com grande parcela do seu rendimento mensal comprometido. É uma população flutuante, que com o pleno emprego de então, acredita poder viver numa  cidade que lhes deu tudo. Ledo engano. Algo não vai bem no mercado internacional do minério de ferro.

E interessante notar que este mercado nunca preocupou Parauapebas. Como cidadãos que vivem o sonho do pleno emprego, com o restante do pais indo bem, fomos surpreendidos com a quebra do mercado internacional do minério. E dai nada mais deu certo. Apenas perdas, isolamento, descrença e com a crise instalada, percebeu-se o enorme vazio em que foi fundada e sustentada todos os anos que se esperou da mineradora a cura de todos os males e a possibilidade de todas as panaceias. Parece algo ensaiado. As famílias se endividam, os loteamentos viram residências, a cidade expande-se e a crise financeira se instala sem as questões básicas e estruturas nunca terem sequer sido citadas pelos grupos de poder.


Quando falamos questões básicas e estruturantes falamos de saneamento básico, saúde, educação, transporte, meio ambiente e sociedade (segurança). Nunca conversamos como comunidade sobre estas questões. A maioria retinha o sonho de voltar as suas origens. Apenas a expansão urbana mostrou o contrario que muitos tinha como objetivo plantar raízes aqui, apesar das dificuldades e limitações citadas.
CONTINUA...

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