quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Mais atores no cenário de guerra

Grã-Bretanha realiza primeiros ataques aéreos na Síria
Ação ocorreu horas depois de aprovação da Câmara dos Comuns




Aviões militares britânicos realizaram durante a noite de ontem (2) e esta madrugada os primeiros ataques aéreos na Síria contra alvos do grupo extremista Estado Islâmico (EI, ex-Isis), horas depois da Câmara dos Comuns do Reino Unido aprovar a operação. De acordo com a imprensa britânica, quatro caças modelo Tornado da Royal Air Force (RAF) decolaram ontem de uma base na ilha de Akrotini, em Chipre. 
O pedido de operações aéreas na Síria fora apresentado pelo primeiro-ministro David Cameron, em mais uma tentativa de conter o avanço de grupos extremistas como o EI, e recebeu 397 votos a favor e 223 contrários. Logo após a aprovação, jihadistas lançaram dezenas de ameaças nas redes sociais contra o Reino Unido, que já estava bombardeando o Iraque e integra a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos para combater o EI. 
A Rússia, que não integra a coalizão, mas que realiza bombardeios unilaterais, elogiou a decisão do Parlamento britânico, mas ressaltou que é necessária uma coordenação das ações. "Moscou dá boas-vindas a qualquer ação na luta contra o terrorismo para combater o EI", disse o porta-voz do Kremilin, Dmitri Peskov. "Naturalmente, acreditamos que a eficiência dessas ações pode aumentar se forem coordenadas e todos agissem no sentido de uma coalizão única". O presidente francês, François Hollande, também elogiou a ação britânica na russa. 
O mandatário fez um apelo no dia 16 de novembro à toda comunidade europeia de engajamento contra o terrorismo. Três dias antes, a capital francesa, Paris, fora alvo de uma série de atentados que provocou a morte de 150. Comparados com o 11 de Setembro em solo norte-americano, os atos foram assumidos pelo Estado Islâmico.


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