Grã-Bretanha
realiza primeiros ataques aéreos na Síria
Ação ocorreu horas depois de aprovação da Câmara dos Comuns
Aviões
militares britânicos realizaram durante a noite de ontem (2) e esta madrugada
os primeiros ataques aéreos na Síria contra alvos do grupo extremista Estado
Islâmico (EI, ex-Isis), horas depois da Câmara dos Comuns do Reino Unido
aprovar a operação. De acordo com a imprensa britânica, quatro caças modelo
Tornado da Royal Air Force (RAF) decolaram ontem de uma base na ilha de
Akrotini, em Chipre.
O
pedido de operações aéreas na Síria fora apresentado pelo primeiro-ministro
David Cameron, em mais uma tentativa de conter o avanço de grupos extremistas
como o EI, e recebeu 397 votos a favor e 223 contrários. Logo após a aprovação,
jihadistas lançaram dezenas de ameaças nas redes sociais contra o Reino Unido,
que já estava bombardeando o Iraque e integra a coalizão internacional liderada
pelos Estados Unidos para combater o EI.
A
Rússia, que não integra a coalizão, mas que realiza bombardeios unilaterais,
elogiou a decisão do Parlamento britânico, mas ressaltou que é necessária uma
coordenação das ações. "Moscou dá boas-vindas a qualquer ação na luta
contra o terrorismo para combater o EI", disse o porta-voz do Kremilin,
Dmitri Peskov. "Naturalmente, acreditamos que a eficiência dessas ações
pode aumentar se forem coordenadas e todos agissem no sentido de uma coalizão
única". O presidente francês, François Hollande, também elogiou a ação
britânica na russa.
O
mandatário fez um apelo no dia 16 de novembro à toda comunidade europeia de
engajamento contra o terrorismo. Três dias antes, a capital francesa, Paris,
fora alvo de uma série de atentados que provocou a morte de 150. Comparados com
o 11 de Setembro em solo norte-americano, os atos foram assumidos pelo Estado
Islâmico.
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