Em meio a
tensões com Irã, EUA reforçam presença no Oriente Médio
Pentágono anuncia
envio de mais mil militares à região
Publicado em 18/06/2019 - 08:16
Por Deutsche Welle Washington
Em meio
ao aumento das tensões entre Estados Unidos e Irã, o Pentágono ordenou o envio
de mil militares adicionais ao Oriente Médio, incluindo forças de segurança, de
vigilância e de inteligência.
O
secretário de Defesa Interino dos EUA, Patrick Shanahan, emitiu um comunicado
afirmando que as forças são destinadas a "propósitos defensivos para lidar
com ameaças aéreas, navais e em solo no Oriente Médio".
Segundo
ele, "os Estados Unidos não estão buscando um conflito com o Irã. A medida
está sendo tomada para assegurar a segurança e o bem-estar dos nossos militares
trabalhando na região e para proteger nossos interesses nacionais".
O
secretário afirmou que os EUA vão continuar ajustando seu contingente no
Oriente Médio de acordo com a necessidade. Os militares adicionais se somam a
outros 1.500 enviados no mês passado, além de um porta-aviões bombardeiros, em
resposta a ataques a navios-tanque e a "ameaças persistentes" do Irã.
A decisão
foi anunciada num momento em que o governo Donald Trump se vê forçado a exigir
que Teerã cumpra os termos do acordo nuclear assinado com potências
internacionais em 2015, apesar de o próprio presidente americano classificá-lo
de o pior acordo da história, ter retirado os EUA do pacto e reinstaurado
sanções contra o Irã.
O
Irã sinalizou que deve ultrapassar seu limite de estoque de urânio de
baixo enriquecimento até 27 de junho, o que violaria o acordo nuclear, deixaria
o país a um passo dos níveis necessários para a produção de uma arma nuclear e
aumentaria ainda mais as tensões entre Teerã e Washington.
"Continuamos
pedindo que o regime iraniano não obtenha uma arma nuclear, que respeite seus
compromissos com a comunidade internacional", afirmou a porta-voz do
Departamento de Estado americano, Morgan Ortagus. Ela classificou o anúncio
iraniano sobre o enriquecimento de urânio de "extorsão" e
"desafio a normas internacionais".
O Irã
ameaçou ir ainda mais longe no não cumprimento dos termos do acordo nuclear se
os signatários restantes – Reino Unido, China, França, Alemanha e Rússia – não
ajudarem o Irã a contornar sanções impostas pelos EUA e a vender seu petróleo.
O acordo de 2015 tem como objetivo restringir as atividades nucleares do Irã em
troca do alívio de sanções internacionais.
O reforço
do contingente militar americano também foi anunciado após os EUA afirmarem que
o Irã está por trás de recentes ataques a dois petroleiros no Oriente Médio. O
Pentágono divulgou imagens que mostrariam uma embarcação militar iraniana
removendo uma mina marítima não detonada de um dos navios no Golfo de Omã.
Segundo
os americanos, as imagens sugerem que os iranianos teriam tentado remover
provas de seu envolvimento no incidente. O Irã rejeitou as acusações, afirmando
que os EUA realizam uma campanha difamatória contra o país.
Edição: José Romildo
DÊ SUA OPINIÃO SOBRE A QUALIDADE DO CONTEÚDO QUE VOCÊ ACESSOU.
Para registrar sua opinião, copie
o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.
Você será direcionado para o
"Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos
serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário