Acordo
permitirá retomada de voos comerciais entre Cuba e Estados Unidos
- 16/02/2016 16h58
- Havana
Da
Agência Ansa
Os governos de Cuba e dos Estados
Unidos (EUA) firmaram hoje (16) um acordo que permitirá a retomada de voos
comerciais entre as duas nações, informou o Departamento de Transportes
norte-americano. O acordo foi assinado pelos secretários dos Transportes dos
EUA, Anthony Foxx, e de Cuba, Adel Yzquierdo Rodriguez, em um hotel em Havana.
"Hoje é um dia histórico
para as relações entre Havana e Washington", destacou Foxx. Segundo o
secretário, o acordo desta terça-feira representa um "marco
histórico" nas relações entre Cuba e Estados Unidos. O anúncio do acordo é
um dos mais importantes desde que os dois países anunciaram a retomada de
relações em dezembro de 2014, após mais de 50 anos de desavenças políticas.
Com o avanço diplomático,
companhias aéreas devem retomar nos próximos meses a rota, interrompida há
décadas. Empresas como American Airlines, Delta Airlines, United Airlines,
JetBlue e Southwest já manifestaram interesse. Atualmente, norte-americanos e
cubanos que precisam ir a Cuba viajam em aviões fretados, que são, além de
caros, muito difíceis de agendar. Além disso, as viagens precisam ser
coordenadas com agentes do governo dos EUA.
A retomada dos voos comerciais
entre Cuba e Estados Unidos deve ajudar uma das maiores fontes de renda da
ilha, o turismo. Calcula-se que 160 mil turistas norte-americanos visitaram
Cuba apenas no ano passado. Além disso, milhares de cidadãos cubano-americanos
poderão visitar seus familiares com mais facilidade.
Brasil e
Estados Unidos farão estudo sobre microcefalia associada ao Zika
- 16/02/2016 12h22
- Brasília
Paula
Laboissière - Repórter da Agência Brasil
O Ministério da Saúde e o Centro
de Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis dos Estados Unidos (CDC, na
sigla em inglês) iniciam hoje (16) um estudo de controle de microcefalia
relacionada ao vírus Zika. A pesquisa é desenvolvida na Paraíba e conta com a
participação de 17 técnicos do CDC e nove do ministério, além de técnicos do
governo do estado.
O anúncio do início do estudo
será feito pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro, durante reunião que ocorre
hoje em Brasília com 24 embaixadores de estados integrantes da União Europeia.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, a pesquisa tem como objetivo estimar a
proporção de recém-nascidos com microcefalia associada ao Zika e os riscos
provocados pela infecção.
Por meio de nota, o ministério
informou que a equipe do CDC já desembarcou no Brasil para dar início ao
trabalho de pesquisa. Serão feitas reuniões com autoridades locais, além de
entrevistas e coleta de amostras de sangue para exames complementares de Zika e
doenças como citomegalovírus e toxoplasmose.
Mulheres
O trabalho, de acordo com o
comunicado, será realizado durante 50 dias com a coleta de informações de
mulheres que tiveram bebês com ou sem microcefalia recentemente na Paraíba.
Para cada caso com microcefalia, serão escolhidas três mães da mesma região
cujo bebê não tem a doença. A expectativa é que cerca de 800 pacientes sejam
avaliados. O estudo deve ser concluído em abril próximo.
Dados da Ministério da Saúde
mostram que a Paraíba é o segundo estado com o maior número de casos suspeitos
de microcefalia associada ao Zika, atrás apenas de Pernambuco. O estado
notificou 756 casos, sendo 54 confirmados, 275 descartados e 427 em
investigação.
Nos próximos dias 23 e 24, a
diretora-geral da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan, visita o Brasil
para acompanhar os esforços do governo no combate ao vírus Zika e à
microcefalia.
Edição: Kleber
Sampaio
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