AMAZONIA:
UM BRASIL DESAFIADOR.
A
sistemática e terminal destruição da floresta, patrocinada pela própria união
nos permite contemplar um horizonte de pobreza e abandono. A construção de
grandes hidrelétricas dominam a paisagem da floresta com seu potencial destruidor.
Tao daninho como a soja, o gado e a exploração mineral. Socorro mundo!
Nossa
região é fronteiriça, a leste, da floresta amazônica. Na verdade Parauapebas é
uma cidade da floresta. Apenas um rio, o Rio Parauapebas faz fronteira com a
densa e complexa floresta amazônica. Cerca de 48 km mata adentro, esta localizada a mina de ferro de Carajás –
então a maior mina de ferro a céu aberto
do mundo.
E
não é uma operação qualquer. Dali são extraídos 800 mil quilos de terra por
dia, o que dá para o porto de Itaqui em São Luís, distante 1000 km daqui, a bagatela
de 240 milhões de toneladas métricas por ano de mineiro de ferro de alta
qualidade, o famoso M63.
O
percentual de ferro puro em cada pelota, é de 63%. É quase como tirar do solo
da floresta, ferro puro, para alimentar
os alto-fornos de fundidores e metalúrgicas do mundo todo, em especial,
as metalúrgicas da China, índia e Ásia.
É
uma contradição com o discurso oficial de sustentabilidade, retirar do subsolo
da floresta uma quantidade crescente de ativos e commodities. Aqui nesta mesma
floresta, distante 800 km mata adentro, encontra-se o complexo de petróleo da
estatal Petrobras. É o complexo de
Urucum, em plena selva. Dali se estrai óleo cru e gás natural. Um imenso
gasoduto esta em construção para levar a produção para o sul ao pais.
Além
do ferro de Carajás e do petróleo da Amazônia, temos no litoral do riquíssimo e
selvagem Estado do Pará, um potencial imenso de gás e óleo. Estudos e inicio de
exploração aconteceram em Salinas, Foz do Rio Amazonas e Ilha do Marajó. Com imenso
potencial de produção os estudos e poços do litoral do Pará foram concretados e
as empresas afastadas, não se sabe porque. Mas correm comentários que a
Petrobras já licitou ou estará licitando em breve estes blocos do norte. E
certamente é uma região com muita ocorrência de petróleo e gás natural. Para se
ter uma ideia, esta na mesma linha do oriente médio e da Arábia Saudita.
Se
incorporarmos as hidrelétricas em construção nos leitos dos rios paraenses e da
Amazônia, perde-se de vista o potencial em exploração. É tanta energia que esta
em curso a construção ou em estudos avançados, que daria para alimentar toda a
Europa com folga. Os rios Tocantins, Araguaia, Solimões, (pesquisar rios com
hidrelétricas em construção) estão sendo desfigurados, e mesmo com seus regimes de cheia, estão se
transformação em reserva natural de geração de energia elétrica para todo o
país. E América Latina.
LIStamos 20
empreendimentos hidrelétricos previstos para a Amazônia. Alguns estão com obras
adiantadas, como é o caso de Belo Monte. Confira:
UHE São Manoel
Local: entre Mato Grosso e
Pará, no rio Teles Pires, entre os municípios Jacareacanga (PA), Paranaíta e
Apiacás (MT)
Potência: 700 MW
Previsão de funcionamento: fevereiro de 2018
Potência: 700 MW
Previsão de funcionamento: fevereiro de 2018
UHE São Luiz do Tapajós
Local: Pará, entre os municípios de Itaituba e Trairão, no rio Tapajós
Potência: 6.133 MW
Previsão de funcionamento: janeiro de 2019
Local: Pará, entre os municípios de Itaituba e Trairão, no rio Tapajós
Potência: 6.133 MW
Previsão de funcionamento: janeiro de 2019
UHE Teles Pires
Local: Entre Mato Grosso e Pará, no rio Teles Pires, entre os municípios Jacareacanga (PA) e Paranaíta (MT)
Potência: 1.820 MW
Previsão de funcionamento: início de 2015
Local: Entre Mato Grosso e Pará, no rio Teles Pires, entre os municípios Jacareacanga (PA) e Paranaíta (MT)
Potência: 1.820 MW
Previsão de funcionamento: início de 2015
UHE Belo Monte
Local: Pará, no rio Xingu
Potência: 11.233,1 MW
Previsão de funcionamento: fevereiro de 2016
Local: Pará, no rio Xingu
Potência: 11.233,1 MW
Previsão de funcionamento: fevereiro de 2016
UHE Jatobá
Local: Pará, no rio Tapajós, entre os municípios Itaituba e Jacareacanga
Potência: 2.338 MW
Previsão de funcionamento: janeiro de 2020
Local: Pará, no rio Tapajós, entre os municípios Itaituba e Jacareacanga
Potência: 2.338 MW
Previsão de funcionamento: janeiro de 2020
continua...
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