sábado, 18 de julho de 2015

A destruição da floresta.

AMAZONIA: UM BRASIL DESAFIADOR.

A sistemática e terminal destruição da floresta, patrocinada pela própria união nos permite contemplar um horizonte de pobreza e abandono. A construção de grandes hidrelétricas dominam a paisagem da floresta com seu potencial destruidor. Tao daninho como a soja, o gado e a exploração mineral. Socorro mundo!






Nossa região é fronteiriça, a leste, da floresta amazônica. Na verdade Parauapebas é uma cidade da floresta. Apenas um rio, o Rio Parauapebas faz fronteira com a densa e complexa floresta amazônica. Cerca de 48 km mata adentro,  esta localizada a mina de ferro de Carajás – então  a maior mina de ferro a céu aberto do mundo.

E não é uma operação qualquer. Dali são extraídos 800 mil quilos de terra por dia, o que dá para o porto de Itaqui em São Luís, distante 1000 km daqui, a bagatela de 240 milhões de toneladas métricas por ano de mineiro de ferro de alta qualidade, o famoso M63.

O percentual de ferro puro em cada pelota, é de 63%. É quase como tirar do solo da floresta, ferro puro, para alimentar  os alto-fornos de fundidores e metalúrgicas do mundo todo, em especial, as metalúrgicas da China, índia e Ásia.
É uma contradição com o discurso oficial de sustentabilidade, retirar do subsolo da floresta uma quantidade crescente de ativos e commodities. Aqui nesta mesma floresta, distante 800 km mata adentro, encontra-se o complexo de petróleo da estatal Petrobras. É o complexo  de Urucum, em plena selva. Dali se estrai óleo cru e gás natural. Um imenso gasoduto esta em construção para levar a produção para o sul ao pais.

Além do ferro de Carajás e do petróleo da Amazônia, temos no litoral do riquíssimo e selvagem Estado do Pará, um potencial imenso de gás e óleo. Estudos e inicio de exploração aconteceram em Salinas, Foz do Rio Amazonas e Ilha do Marajó. Com imenso potencial de produção os estudos e poços do litoral do Pará foram concretados e as empresas afastadas, não se sabe porque. Mas correm comentários que a Petrobras já licitou ou estará licitando em breve estes blocos do norte. E certamente é uma região com muita ocorrência de petróleo e gás natural. Para se ter uma ideia, esta na mesma linha do oriente médio e da Arábia Saudita.


Se incorporarmos as hidrelétricas em construção nos leitos dos rios paraenses e da Amazônia, perde-se de vista o potencial em exploração. É tanta energia que esta em curso a construção ou em estudos avançados, que daria para alimentar toda a Europa com folga. Os rios Tocantins, Araguaia, Solimões, (pesquisar rios com hidrelétricas em construção) estão sendo desfigurados,  e mesmo com seus regimes de cheia, estão se transformação em reserva natural de geração de energia elétrica para todo o país. E América Latina.

LIStamos 20 empreendimentos hidrelétricos previstos para a Amazônia. Alguns estão com obras adiantadas, como é o caso de Belo Monte. Confira:
UHE São Manoel
Local: entre Mato Grosso e Pará, no rio Teles Pires, entre os municípios Jacareacanga (PA), Paranaíta e Apiacás (MT)
Potência: 700 MW
Previsão de funcionamento: fevereiro de 2018
UHE São Luiz do Tapajós
Local: Pará, entre os municípios de Itaituba e Trairão, no rio Tapajós
Potência: 6.133 MW
Previsão de funcionamento: janeiro de 2019
UHE Teles Pires
Local: Entre Mato Grosso e Pará, no rio Teles Pires, entre os municípios Jacareacanga (PA) e Paranaíta (MT)
Potência: 1.820 MW
Previsão de funcionamento: início de 2015


UHE Belo Monte
Local: Pará, no rio Xingu
Potência: 11.233,1 MW
Previsão de funcionamento: fevereiro de 2016

UHE Jatobá
Local: Pará, no rio Tapajós, entre os municípios Itaituba e Jacareacanga
Potência: 2.338 MW
Previsão de funcionamento: janeiro de 2020


continua...

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